TV - A carioca Mara, evangélica conta como contraiu Aids e como tem se superado no Fantástico


A carioca Mara, evangélica, casou virgem aos 18 anos e foi infectada nas primeiras relações com o marido.
“Foi difícil entender como seria minha vida daquele momento em diante e fiquei sete anos sozinha, achando que era aquilo que Deus queria para minha vida. Então, já que Ele tinha levado meu primeiro esposo, eu achava que ia ser essa a realidade para minha vida daquele momento em diante. Aí eu conheci o Evandro através de torpedos, uma brincadeira em um site de relacionamento, onde a gente trocava mensagens, mais de 100 mensagens por dia. Ficamos longos três meses nos conhecendo através de torpedos. No nosso quinto encontro, eu falei para ele que eu era soropositiva porque eu tinha me infectado no meu primeiro casamento. No dia seguinte ao encontro, ele não mandou nenhum torpedo até 17h. Eu fiquei desesperada, eu falei : ‘nossa, eu acho que ele pensa que pega Aids através de torpedo, só pode ser’”, lembra Mara.
“Às 17h, eu tomei coragem, telefonei e perguntei por que ele não tinha mandado um torpedo, que se ele não quisesse ser meu amigo, eu ia entender. Ele disse: ‘não, Mara, eu estou trabalhando muito, eu estou no meu plantão. Daqui a pouco eu te mando uma mensagem’. E eu fiquei na expectativa de qual seria aquela mensagem”, conta.
“Em um primeiro momento, eu tomei um choque, fui educado ao falar, mas me choquei sim”, reconhece Evandro Trajano da Silva, companheiro de Mara.
O HIV não é transmitido pelo aperto de mão, pelo beijo ou por contato com objetos pessoais, como toalhas, talheres ou copos. Nem quando uma gota de sangue infectado cai sobre a pele íntegra.
“É obvio que a gente ainda vai ter desigualdade e preconceito, mas eu acho que hoje está todo mundo parando, nem que seja um pouquinho, para pensar sobre isso e eu acho que a gente vai construindo uma sociedade melhor, um mundo melhor. Essa é a minha visão de presente. E a minha visão de futuro é a cura. E a cura não só do vírus, mas a cura mesmo dessa ideia de exclusão, que eu acho que é a que dói mais”, afirma Nair Brito.
“Depois de muita reflexão eu pensei e vi que não tinha nada a ver, que eu poderia sim ter um relacionamento com ela, independentemente de ela ser soropositivo ou não”, relata Evandro.
“E às 18h, quando ele saiu do plantão, ele mandou uma mensagem que dizia o seguinte: ‘Mara, não é porque eu descobri que a rosa tem espinhos que eu vou deixar de admirar sua beleza e o seu perfume’”, conta Mara.


Fonte: G1 / Fantástico
 

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