BELÉM DO CENTENÁRIO

   Vejam imagens de locais hitóricos e representativos para a Comemoração do Centenário da Assembleia de Deu no Brasil. São 09 imagens que nos deixarão aguçados para conhecer, fotografar, admirar e refletir, conhecendo nossa História sobre a sua representatividade para cada um de nós.






























Eu estarei participando das Comemorações do Centenário e vou poder visitar e percorrer cada local desse me alegrando no Senhor por este marco que é a História de nossa Igreja em Belém do Pará e no Brasil. Pedirei a Deus Força e Sabedoria para contribuir já com a História do Novo Centenário que há de se aproximar, participando ativamente dessa História do Evangelho de Salvação de nosso Deus, através de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Que venham os próximos 100 anos, se Deus não estiver retornado para levar seu povo.

Obrigado Senhor por esta oportunidade.

Saudações Assembleianas!
Read rest of entry

100 anos de História

O Berço em Belém.
Na virada do século XX, surge em várias partes do mundo e nos Estados Unidos o movimento denominado pentecostal, que difundia uma renovação dos moldes pregados pelas igrejas radicionais por meio do batismo com o Espírito Santo.
Contagiados por esta doutrina, ois jovens missionários suecos residentes nos Estados Unidos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, receberam como missão pregar o evangelho em uma terra distante e desconhecida, hamada Pará. Foi então que partiram rumo a Belém, onde desembarcaram no dia 19 de novembro de 1910.
Inicialmente, se integraram à Primeira Igreja Batista do Pará, localizada na Rua João Balbi. Porém, sentiram a necessidade de tomar um novo rumo.
A Missão
Desvinculado da Igreja Batista, o pequeno grupo pioneiro liderado pelos missionários ficou sem lugar para reunir. Foi então que o casal Henrique e Celina Albuquerque ofereceu a ala de sua casa, na Rua Siqueira Mendes, para o início de uma das maiores obras pentecostais do último século.
E no domingo, 18 de junho de 1911, na sala do casal lbuquerque, surge uma nova igreja inicialmente chamada Missão da Fé Apostólica. Somente após sete anos de sua fundação foi denominada Assembleia de Deus.
O Templo
As reuniões na Rua Siqueira Mendes duraram cerca de três meses. Depois, para facilitar o acesso, a igreja mudou-se para a residência de José Batista de Carvalho, na ua São Jerônimo (atual Avenida Governador José Malcher).
Somente em 8 de novembro de 1914 os membros passaram a se reunir em seu primeiro templo livre, situado na Travessa Nove de Janeiro. Ali ficaram até 30 de outubro de 926, quando o pastor Samuel Nyström transferiu a sede da igreja para a Travessa 14 de Março, antigo nº 759. Nesse mesmo local, o pastor Firmino Gouveia inaugurou o tual Templo Central da Assembleia de Deus em Belém no dia 23 de abril de 1988.
Fé sem Fronteiras
Paralela à obra desenvolvida em Belém, a igreja caminhava a passos largos para a sua expansão, com cultos públicos em vários lugares, orações pelos enfermos e batismos com o Espírito Santo. A ilha do Marajó, onde os missionários estiveram apenas um mês após o desembarque em Belém, transformou-se num dos mais ricos berços do ovimento Pentecostal Brasileiro.
Começando pelos municípios arredores, o evangelho pentecostal espalhou-se por todo o Estado do Pará. Assim, enquanto Gunnar Vingren cuidava da igreja em Belém, Daniel Berg e um grupo que se formava saiu espalhando a mensagem por lugares como Bragança, Vigia, Timboteua, São Luís do Pará, Capanema, Quatipuru, Bonito, rimavera e Tauari.
O crescimento fenomenal da Assembleia de Deus está ligado diretamente ao trabalho dos leigos. Desde o início, a igreja valorizou o trabalho dos membros. Isso levou a ensagem pentecostal para os lares, praças e ruas. Fez a igreja entrar nas prisões, hospitais e prédios públicos. Cada fiel da igreja tornou-se um evangelista. Não emorou muito, e alguns desses homens e mulheres estavam cruzando as fronteiras do Pará.
Os resultados deram à igreja pentecostal a dimensão que hoje vemos. O rápido rescimento exigiu novos líderes e norteou a expansão da nova igreja.
Comemorações Inesquecíveis
A cada ano, a Assembleia de Deus em Belém, no Pará e no Brasil comemora sua existência com uma grande festa. Algumas festas foram marcantes, como o Jubileu e Ouro, em 1961, quando a igreja comemorou meio século de existência. Na ocasião, estiveram presentes o missionário fundador Daniel Berg e o missionário Ivar Vingren, filho do missionário Gunnar Vingren, já falecido na época. A festa do Jubileu não foi apenas local. Em diversas cidades brasileiras essa data histórica foi igualmente festejada. Nesse período, os pentecostais brasileiros eram estimados em cerca de um milhão de pessoas.
Já em 2001, a igreja celebrou seus 90 anos de bem sucedida história. As comemorações oficiais começaram com uma marcha (com aproximadamente 100 mil pessoas) pela cidade de Belém.




Junho de 2011. A Assembleia de Deus receberá pessoas de todas as partes do mundo, que participarão dos eventos comemorativos deste período que será simbólico para a capital do Estado do Pará. Uma extensa programação vai ser promovida em Belém, reunindo cerca de 300 mil pessoas, visitantes e moradores.
São aguardadas caravanas que se hospedarão nos hotéis e em casas de famílias; que circularão pelas ruas de Belém; que frequentarão os lugares que são referências da história e cultura locais; que encontrarão o acolhimento necessário para festejar. A expectativa é que a rotina da cidade se transforme.
Abrindo a agenda das comemorações pelo centenário está a inauguração do Centro de Convenções do Centenário, no dia 28 de maio, um presente da Assembleia de Deus para a cidade-berço da igreja. Com capacidade para 20 mil pessoas, está em construção numa área de 40 mil metros quadros, localizada próximo ao Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, que também será palco de parte da programação do Centenário.
Durante os dias 16 a 18 de junho, os eventos se concentrarão durante o dia no Centro de Convenções e, à noite, no Mangueirão.
Nos três dias, haverá cultos especiais com o evangelista Reinhard Bonnke, a missionária Helena Raquel e o pastor Silas Malafaia, além de pregadores nacionais e
internacionais que participarão desse momento único.

Informações:
Alô Centenário: (91) 3241-4521
Read rest of entry

Convite do Centenário da Assembleia de Deus

Read rest of entry

100 anos das Assembleias de Deus no Brasil

100 anos das Assembleias de Deus no Brasil

A origem da denominação está no fogo do reavivamento que varreu o mundo no século 20


100 anos das Assembleias de Deus no Brasil

"Pouco tempo depois, Gunnar Vingren participou de uma convenção de igrejas batistas, em Chicago. Essas igrejas aceitaram o Movimento Pentecostal. Ali ele conheceu outro jovem sueco que se chamava Daniel Berg. Esse jovem também fora batizado com o Espírito Santo.

Após uma ampla troca de informações, experiências e idéias, Daniel Berg e Gunnar Vingren descobriram que Deus os estava guiando numa mesma direção, isto é: o Senhor desejava enviá-los com a mensagem do Evangelho a terras distantes, mas nenhum dos dois sabia exatamente para onde seriam enviados.

Algum tempo depois, Daniel Berg foi visitar o pastor Vingren em South Bend. Durante aquela visita, quando participavam de uma reunião de oração, o Senhor lhes falou, através de uma mensagem profética, que eles deveriam partir para pregar o evangelho e as bênçãos do avivamento pentecostal. O lugar tinha sido mencionado na profecia: Pará. Nenhum dos presentes conhecia aquela localidade. Após a oração, os dois jovens foram a uma biblioteca à procura de um mapa que lhes indicasse onde o Pará estava localizado. Foi quando descobriram que se tratava de um estado do Norte do Brasil".

História das Assembléias de Deus no Brasil, Emílio Conde - CPAD

No início do século XX, apesar da presença de imigrantes alemães e suíços de origem protestante e do valoroso trabalho de missionários de igrejas evangélicas tradicionais, nosso país era ainda quase que totalmente católico.

A origem das Assembléias de Deus no Brasil está no fogo do reavivamento que varreu o mundo por volta de 1900, início do século 20, especialmente na América do Norte.

Os participantes desse reavivamento foram cheios do Espírito Santo da mesma forma que os discípulos e os seguidores de Jesus durante a Festa Judaica do Pentecostes, no início da Igreja Primitiva (Atos cap. 2). Assim, eles foram chamados de "pentecostais".

Exatamente como os crentes que estavam no Cenáculo, os precursores do reavivamento do século 20 falaram em outras línguas que não as suas originais quando receberam o batismo no Espírito Santo. Outras manifestações sobrenaturais tais como profecia, interpretação de línguas, conversões e curas também aconteceram (Atos cap. 2).

Em 19 de novoembro de 1910, os jovens suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg aportaram em Belém, capital do estado do Pará, vindos dos EUA. A princípio, freqüentaram a Igreja Batista, denominação a que ambos pertenciam nos Estados Unidos. Eles traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a glossolalia - o falar em línguas estranhas - como a evidência inicial. A manifestação do fenômeno já vinha ocorrendo em várias reuniões de oração nos EUA (e também de forma isolada em outros países), principalmente naquelas que eram conduzidas por Charles Fox Parham, mas teve seu apogeu inicial através de um de seus principais discípulos, um pastor negro leigo, chamado William Joseph Seymour, na Rua Azusa, Los Angeles, em 1906.

Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren, chegaram ao Brasil, ninguém poderia imaginar que aqueles dois jovens suecos estavam para iniciar um movimento que alteraria profundamente o perfil religioso e até social do Brasil por meio da pregação de Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador da Humanidade e a atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais. As denominações evangélicas existentes na época ficaram bastante incomodadas com a nova doutrina dos missionários, principalmente por causa de alguns irmãos que se mostravam abertos ao ensino pentecostal. Celina de Albuquerque, na madrugada do dia 18 de junho de 1911 foi a primeira crente da igreja Batista de Belém a receber o batismo no Espírito Santo, o que não demorou a ocorrer também com outros irmãos. A nova doutrina trouxe muita divergência naquela comunidade, pois um número cada vez maior de membros curiosos visitava a residência de Berg e Vingren, onde realizavam reuniões de oração. Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas assembléias distintas, conforme relatam as atas das sessões, os dezenove adeptos do pentecostalismo foram desligados. Convictos e resolvidos a se organizar, em 18 de junho de 1911, juntamente com os missionários estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão da Fé Apostólica. Este foi o primeiro nome dado ao Movimento Pentecostal nos Estados Unidos a partir de 1901 e era também empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo administrativo da nova igreja brasileira com William Joseph Seymour. A partir de então, passaram a reunir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918 a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, foi registrada como Assembléia de Deus, em virtude da fundação das Assembléias de Deus nos Estados Unidos, em 1914, em Hot Springs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas.

Em poucas décadas, a Assembléia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até alcançar os grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. As Assembléia de Deus se expandiram pelo Estado do Pará, alcançaram o Amazonas, propagaram-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegaram ao Sudeste pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, PA, em 1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele período foi a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general, através de um folheto evangelístico. Foi ele o precursor do assim conhecido Ministério de Madureira, como veremos adiante.

A influência sueca teve forte peso no início da formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e graças à igreja pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja. Desde 1930, quando se realizou a primeira Convenção Geral dos pastores na cidade de Natal, RN, as Assembléias de Deus no Brasil passaram a ter autonomia interna, sendo administrada exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembléias de Deus dos EUA através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturação teológica da denominação.

Em virtude de seu fenomenal crescimento, os pentecostais começaram a fazer diferença no cenário religioso brasileiro. De repente, o clero católico despertou para uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia vir a tornar-se, no futuro, uma nação protestante. Tal possibilidade se tornou ainda mais real com a divulgação entre o final de 2006 e início de 2007 por um instituto de pesquisa de que, com vinte milhões de fiéis, o Brasil é o maior país pentecostal do mundo.

O que são as Assembléias de Deus


As Assembléias de Deus são uma comunidade protestante, segundo os princípios da Reformada Protestante pregada por Martinho Lutero, no século 16, contra a Igreja Católica. Cremos que qualquer pessoa pode se dirigir diretamente a Deus baseada na morte de Jesus na cruz. Este é um relacionamento pessoal e significativo com Jesus. Embora sejamos menos formais em nossa adoração a Deus do que muitas denominações protestantes, a Assembléia de Deus se identifica com eles na fundamentação bíblica-doutrinária, com exceção da doutrina pentecostal (Hebreus 4.14-16; 6.20; Efésios 2.18).

As Assembléias de Deus são uma igreja evangélica pentecostal que prima pela ortodoxia doutrinária. Tendo a Bíblia como a sua única regra de fé e prática, acha-se comprometida com a evangelização do Brasil e do mundo, conformando-se plenamente com as reivindicações da Grande Comissão.

A doutrina que distingue as Assembléias de Deus de outras igrejas diz respeito ao batismo no Espírito Santo. As Assembléias de Deus crêem que o batismo no Espírito Santo concede aos crentes vários benefícios como estão registrados no Novo Testamento. Estes incluem poder para testemunhar e servir aos outros; uma dedicação à obra de Deus; um amor mais intenso por Cristo, sua Palavra, e pelos perdidos; e o recebimento de dons espirituais (Atos 1.4,8; 8.15-17).

As Assembléias de Deus crêem que quando o Espírito Santo é derramado, ele enche o crente e fala em línguas estranhas como aconteceu com os 120 crentes no Cenáculo, no Dia de Pentecoste. Embora esta convicção pentecostal seja distintiva, as Assembléias de Deus não a têm como mais importante do que as outras doutrinas (Atos 2.4).

O seu Credo de Fé realça a salvação pela fé no sacrifício vicário de Cristo, a atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais e a bendita esperança na segunda vinda do Senhor Jesus. Consciente de sua missão, as Assembléias de Deus não prevalecem do fato de ter, segundo dados do IBGE (Censo 2000), mais de oito milhões de membros. Apesar de sua força e penetração social, optou por agir profética e sacerdotalmente. Se por um lado, protesta contra as iniqüidades sociais, por outro, não pode descuidar de suas responsabilidades intercessórias.

Sua estrutura Administrativa

As Assembléias de Deus estão organizadas em forma de árvore, onde cada Ministério é constituído pela Igreja-Sede com suas respectivas igrejas filiadas, congregações e pontos de pregação.

As igrejas Assembléias de Deus atuam em cada lugar sem estarem ligadas administrativamente à uma instituição nacional. A ligação nacional entre as igrejas é feita através dos seus pastores que são filiados a convenções estaduais que, por sua vez, se vinculam a uma Convenção de caráter nacional.

Em cada estado os pastores estão ligados a convenções regionais e a ministérios. Essas convenções, em geral, credenciam evangelistas e pastores, cuidam de assuntos da liderança e de direção das igrejas. Essas convenções operam um tipo de liderança regional entre a igreja local e a Convenção Geral.

A Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB) é dirigida por uma Mesa Diretora, eleita a cada dois anos numa Assembléia Geral. Para várias áreas de atividades das Assembléias de Deus a CGADB tem um conselho ou uma comissão. Desta forma, existem o Conselho Administrativo da Casa Publicadora (CPAD), o Conselho de Educação e Cultura Religiosa, o Conselho de Doutrinas, o Conselho Fiscal, o Conselho de Missões, a Secretaria Nacional de Missões (SENAMI), a Escola de Missões das Assembléias de Deus (EMAD) e a Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia da CGADB (FAECAD).

A CGADB possui sede no Rio de Janeiro e pode ser considerada o tronco da denominação por ser a entidade que desde o princípio deu corpo organizacional à Igreja, e a quem pertence a patente do nome no país.

As Assembléias de Deus brasileira tem passado por várias cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração autônoma, em várias regiões do país. O mais expressivo dos ministérios é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde os idos da década de 1930, fundada pelo pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de base para a estruturação nacional do Ministério por ele presidido, até a sua morte, no final de 1982. Ela deu origem à seguinte entidade:


Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil - Ministério de Madureira
À medida que os anos se passavam, os pastores do Ministério de Madureira (assim conhecido por ter sua sede no bairro de mesmo nome, no Rio de Janeiro), sob a liderança do pastor (hoje bispo) Manoel Ferreira, se distanciavam das normas eclesiásticas da CGADB, segundo a liderança da época, que, por isso mesmo, realizou uma Assembléia Geral Extraordinária em Salvador, BA, em setembro de 1989, onde esses pastores foram suspensos até que aceitassem as decisões aprovadas. Por não concordarem com as exigências que lhes eram feitas, se organizaram numa nova entidade, hoje com cerca de 2 milhões de membros, no Brasil e exterior. Dessa forma surgiu a Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil - Ministério de Madureira - CONAMAD, fundada em 1988.

Outros ramos
Há, ainda, vários ministérios e um grande número de igrejas independentes que usam a nomenclatura Assembléia de Deus, em diversas regiões do país, que atuam sem vinculação com a CGADB ou com a CONAMAD.

O Compromisso com a Proclamação da Palavra de Deus

Sendo uma comunidade de fé, serviço e adoração, as Assembléias de Deus não podem furtar-se às suas obrigações - proclamar o evangelho de Cristo e promover espiritual, moral e socialmente o povo de Deus. Somente assim, estaremos nos firmando, definitivamente, como agência do Reino de Deus.

As Assembléias de Deus não são a única igreja. Deus está usando muitos outros para alcançar o mundo para Ele. Nos cenários brasileiro e mundial somos uma das muitas denominações comprometidas em conduzir crianças, adolescentes, jovens e adultos a Cristo.

Nossa oração nas Assembléias de Deus é que sejamos usados por Deus para ajudar os perdidos e propiciar um ambiente onde o Espírito Santo possa realizar sua obra especial na vida dos que crêem.


Para mais informações, visite o site da CGADB: www.cgadb.com.br
Fonte: CPAD, Wikipedia e Dicionário do Movimento Pentecostal
Read rest of entry

CGADB: Uma organização administrativa

CGADB: Uma organização administrativa

A história da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) dá-se no ano de 1930


CGADB: Uma organização administrativa

A história da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil - CGADB dá-se no ano de 1930. Após três décadas do surgimento no país das Assembléias de Deus, devido ao estupendo crescimento do movimento pentecostal iniciado pelos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, os pastores das Assembleias de Deus resolveram que já era tempo de se criar uma organização que estabeleceria o espaço para discussão de temas de máxima relevância para o crescimento da denominação.

A CGADB foi idealizada pelos pastores nacionais, visto que a igreja estava na responsabilidade dos missionários suecos e deram os primeiros passos em reunião preliminar realizada na cidade de Natal-RN em 17 e 18 de fevereiro do ano de 1929. A primeira Assembleia Geral da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil foi realizada entre os dias 5 e 10 de setembro, onde se reuniram a maioria dos pastores nacionais e os missionários que atuavam no país. Foi nessa Assembléia Convencional que os missionários suecos transferiram a liderança das Assembleias de Deus no Brasil para os pastores brasileiros. Nesta mesma reunião que liderança nacional decidiu-se por se criar um veículo de divulgação do evangelho e também dos trabalhos então realizados pelas Assembleias de Deus em todo o território nacional. Estava lançada a semente do que viria a ser o atual jornal Mensageiro da Paz. Com a rápida repercussão nacional, o periódico, então dirigido pelo missionário Gunnar Vingren, tornou-se o órgão oficial das Assembléias de Deus no Brasil.

As primeiras resoluções emanadas em Assembléias Convencionais de pastores das Assembleias de Deus, foram emitidas nas Assembleias Gerais dos anos de 1933 a 1938. Nessas Assembleias Gerais deram-se longos debates sobre as características e identidade da igreja, o que hoje são por nós conhecidas como "usos e costumes". As primeiras resoluções também tratavam acerca de alguns pontos doutrinários, principalmente no que se referia a conduta dos obreiros e que deveriam caracterizar a igreja sendo adotados por todas as Assembleias de Deus no Brasil. A igreja experimentava um extraordinário crescimento e chegava aos mais longínquos recantos do país. Entre os anos de 1938 e 1945, quando deu-se os rumores e finalmente o transcorrer da 2ª Grande Guerra Mundial, os lideres das Assembleias de Deus tinham enormes dificuldades de se locomoverem pelo país, e por causa desse fator não foram realizadas nenhuma assembléia convencional dos anos de 1939 e 1945.

Finalmente em 1946, em Assembleia Geral Ordinária realizada na cidade de Recife-PE os pastores das Assembleias de Deus de todo o país decidiram-se por tornar a CGADB em uma pessoa jurídica, com a responsabilidade de representar a igreja perante as autoridades governamentais, bem como a todos os segmentos da sociedade. O primeiro Estatuto apresentou como principais objetivos da CGADB: "promover a união e incentivar o progresso moral e espiritual das Assembléias de Deus; manter e propugnar o desenvolvimento da Casa Publicadora das Assembleias de Deus" e principalmente a aproximação das Assembléia de Deus no país: "Nenhuma Assembleia de Deus poderá viver isoladamente, sendo obrigatória a interligação das Assembléias de Deus no Brasil, com a finalidade de determinar a responsabilidade perante a Convenção Geral e perante as autoridades constituídas". As Assembleias Gerais realizadas nas décadas seguintes foram marcadas por discussões e debates sobre temas relacionados as doutrinas bíblicas básicas e por projetos de desenvolvimento da Obra de Deus.

Em 1989, a CGADB promoveu uma Assembleia Geral Extraordinária na cidade de Salvador-BA, quando foi decidido pelo desligamento dos pastores do Ministério de Madureira, por força de dispositivo estatutário que impede ao ministro pertencer a mais de uma convenção nacional. Os ministros do Ministério de Madureira optaram por manter a existência da então recém criada Convenção Nacional de Ministros da AD de Madureira (CONAMAD), abrindo com isso uma dissidência na igreja.

Os anos 90 marcam uma nova fase de crescimento das Assembleias de Deus no Brasil. Em maior parte, os resultados apresentados nesse novo período de crescimento dão-se, claramente, decorrente de medidas tomadas pela CGADB durante essa década. Sob a liderança do Pr. José Wellington Bezerra da Costa, a principal decisão foi a implantação do projeto Década da Colheita, um esforço evangelístico que envolveu praticamente toda a igreja no Brasil. O censo do IBGE de 2000 mostrou, em comparação com último censo de 1991, o quando a AD cresceu nos últimos dez anos do século 20.

Assombrada pelo vultuoso crescimento da igreja e pela necessidade de um espaço mais adequado para o desenvolvimento de suas atividades, a CGADB inaugurou no dia 26 de novembro de 1996, sua nova sede, no bairro da Vila da Penha, cidade do Rio de Janeiro - RJ, em um moderno edifício de 4 andares, onde estão disponibilizadas salas administrativas e um auditório com capacidade para 700 pessoas, além de anexo onde está instalada a EMAD - Escola de Missões das Assembleias de Deus e uma ampla loja da CPAD - Casa Publicadora das Assembléias de Deus.

Neste início de século 21, a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil continua implantando um projeto de desenvolvimento de sua participação mais ativa na sociedade do nosso querido país. Criou-se o Conselho Político da CGADB que tem por finalidade coordenar o projeto "Cidadania AD Brasil", que desenvolve a consciência política na liderança das Assembleias de Deus no Brasil e gerencia o lançamento de candidatos oficiais da denominação nos pleitos eleitorais em todo Brasil. Hoje as Assembleias de Deus contam com 22 deputados federais, 38 deputados estaduais e 1.010 vereadores. Na área cultural, a CGADB inova com o ambicioso projeto de implantação da Faculdade Evangélica de Ciências, Tecnologia e Biotecnologia da CGADB - FAECAD, oferecendo a princípio quatro cursos: administração de empresas, comércio exterior, direito e teologia. A FAECAD já obteve o reconhecimento do MEC e as atividades da mesma começaram no mês de agosto de 2005.

Os frutos de um trabalho volumoso que vem sendo empreendido na liderança do Pr. José Wellington Bezerra da Costa, juntamente com a Mesa Diretora, continuam a serem colhidos pela Convenção Geral e face as comemorações dos 75 anos de existência de nossa querida CGADB, temos no Senhor Jesus, o galardoador fiel, nossa gratidão. E a cada dia que olhamos para o gigantesco trabalho que tem se tornado a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, devemos louvar ao Senhor, rendendo-lhe a mais tenra adoração e gratidão, e ainda sim, pedir graça ao bom Deus no intuito de continuar iluminando nossa liderança maior, a fim de que esta obra faça avançar o Reino de Deus na Terra. Diz a Palavra de Deus: "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças." Ec 9.10.


Fonte: CGADB
Read rest of entry

RESUMO HISTÓRICO DA HARPA CRISTÃ

RESUMO HISTÓRICO DA HARPA CRISTÃ

A Harpa Cristã o hinário oficial das Assembleias de Deus no Brasil


RESUMO HISTÓRICO DA HARPA CRISTÃ

Eusébio de Cesaréia (260-340) é considerado, com justa razão, o pai da História da Igreja Cristã. O que poucos estudiosos sabem é que ele foi também um grande apreciador da verdadeira música sacra. Embora vivesse num período em que esta apenas ensaiava seus primeiros passos, pôde Eusébio externar-se muito emocionado:

Nós cantamos o louvor de Deus com saltério vivo. Porque mais agradável e caro a Deus do que qualquer instrumento é a harmonia da totalidade do povo cristão. Nessa cítara é a totalidade do corpo, por cujo movimento e ação a alma canta hinos adequados a Deus, e nosso salteio de dez cordas é a veneração do Espírito Santo pelos cinco sentidos do corpo e as cinco virtudes do espírito.

Nós, pentecostais, também temos o nosso saltério; a Harpa Cristã . Ao longo dessas décadas de avivamento e visitações contínuas ao cenáculo, vimos caracterizando-nos como uma fervorosa comunidade de adoração. E não foi sem motivo que os pioneiros oficiais houveram por bem denominar nosso hinário oficial de Harpa Cristã . Vejamos, pois, a natureza e a formação de nosso hinário.

I. O QUE É A HARPA CRISTÃ

A Harpa Cristã é o hinário oficial das Assembleias de Deus no Brasil. Ela foi especialmente organizada com o objetivo de enlevar o cântico congregacional e proporcionar o louvor a Deus nas diversas liturgias da igreja: culto público, santa ceia, batismo, casamento, apresentação de crianças, funeral, etc.

A sua primeira finalidade é transformar nossas igrejas e congregações em comunidades de perfeita adoração ao Único e Verdadeiro Deus. Não pode haver igreja sem louvor.


II. O INÍCIO DO CÂNTICO CONGREGACIONAL DA ASSEMBLEIA DEUS NO BRASIL

Em seus primórdios, a Assembleia de Deus usava os Salmos e Hinos , que também era utilizado por diversas igrejas evangélicas históricas. Mas em virtude de nossas peculiaridades doutrinárias, os pioneiros sentiram a necessidade de um hinário que também enfocasse as doutrinas pentecostais.


III. O CANTOR PENTECOSTAL

Em virtude dessa premência, foi lançado em 1921, o Cantor Pentecostal . Impresso pela tipografia Guajarina, sob a orientação editorial de Almeida Sobrinho, tinha o pequeno hinário 44 hinos e 10 corinhos.

O Cantor Pentecostal foi distribuído pela Assembleia de Deus de Belém, PA, que, naquela época, achava-se localizada na Travessa 9 de janeiro, 75.


IV. O SURGIMENTO DA HARPA CRISTÃ

Em 1922, foi lançada em Recife, PE, a primeira edição da Harpa Cristã, que viria a se tornar no hinário oficial das Assembleias de Deus. Sob a orientação editorial do Pastor Adriano Nobre, teve uma tiragem inicial de mil exemplares, e foi distribuída para todo o Brasil pelo missionário Samuel Nyström.

A segunda edição da Harpa Cristã , já como 300 hinos, foi impressa nas Oficinas Irmãos Pangeti, no Rio de Janeiro, em 1923. Já em 1932, tinha a Harpa Cristã 400 hinos.


V. A ELABORAÇÃO DOS HINOS

Na elaboração de nossos hinos, muito contribuiu o missionário Samuel Nyström. Como não tivesse perfeito conhecimento da língua portuguesa, ele traduziu, literalmente, diversas letras da riquíssima hinódia escandinava. Para que os poemas fossem adaptados às suas respectivas músicas, foi necessário que o Pastor Paulo Leivas Macalão empreendesse semelhante tarefa. Por isso, tornou-se o Pastor Macalão no principal elaborador e adaptador de nosso hinário oficial.


VI. A HARPA CRISTÃ COMO LETRA E MÚSICA

Em 1937, a Convenção Geral das Assembleias de Deus, reunida em São Paulo , nomeou uma comissão para editar e imprimir a primeira Harpa Cristã com música. Desta comissão faziam parte: Emílio Conde, Samuel Nyström, Paulo Leivas Macalão, João Sorhein e Nils Kastiberg. Neste empreendimento, também tomou parte ativa o Dr. Carlos Brito,


VII. A HARPA CRISTÃ COM 524 HINOS

Com o passar dos tempos, outros hinos foram sendo acrescentados até que o nosso hinário oficial atingisse 524 hinos. Número esse que, durante várias décadas, caracterizou a Harpa Cristã.

Até 1981, quase todos os hinos da Harpa Cristã já haviam sido revisados. Os mais altos foram transpostos para tons mais acessíveis ao cântico congregacional.


VIII. A HARPA CRISTÃ ATUALIZADA

Em 1979, mediante proposta apresentada pelo Pastor Adilson Soares da Fonseca, o Conselho Administrativo da CPAD, cumprindo resolução da Assembleia Geral da CGADB reunida em Porto Alegre , naquele ano, nomeou uma comissão para proceder a uma revisão geral da música e da letra da Harpa Cristã.

A comissão era formada pelos seguintes Pastores: Paulo Leivas Macalão, Túlio Barros Ferreira, Nicodemos José Loureiro, Antonio Gilberto, e João Pereira. Nesta empreitada, também tomou parte ativa o Pastor e consagrado poeta Joanyr de Oliveira. Em termos técnicos, os trabalhos contaram com dois obreiros especializados: João Pereira, na correção e adaptação da música; e Gustavo Kessler, na revisão das letras.

Lançada em 1992, a Harpa Cristã Atualizada foi aceita em muitas igrejas, mas a maioria optou por ficar com a Harpa Tradicional. De qualquer forma, a experiência serviu para rever a hinódia pentecostal, tornando-a mais viva e participativa em nossas reuniões.


IX. A HARPA CRISTÃ AMPLIADA

Tendo em vista as necessidades de nossa igreja, a CPAD, sob a direção executiva de Ronaldo Rodrigues de Souza, compreendeu ser urgente a ampliação da Harpa Cristã tradicional. E, sim, foram acrescentados mais 116 hinos a fim de atender a todas as exigências cerimoniais e litúrgicas da igreja.

A Harpa Cristã Ampliada , lançada em 1999, com 640 hinos, representa mais um avanço da já riquíssima hinódia pentecostal.


CONCLUSÃO

A Harpa Cristã é o hinário oficial das Assembleias de Deus com 640 hinos que são entoados nos cultos congregacionais. A primeira versão conhecida com letra e musica data de 1929 com originais manuscritos e copiada em processo mimeográfico.

Em 1941 teve sua primeira edição impressa, tendo participado deste trabalho os irmãos Samuel Nyström, Paulo Macalão, Jahn Sorheim e Nils Katsberg.

Em Janeiro de 1999 a CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus, publicou a Harpa Cristã, Revisada e Ampliada com 640 hinos.

Rogamos a Deus, pois, para que a Harpa Cristã continue a levar o Evangelho de Cristo e o avivamento a todos os cantos de nosso país. Cantando também se evangeliza. Cantando também se promove o avivamento. Não foi o que fizeram nossos pioneiros?

PS : Existem hoje, no Brasil, diversas denominações evangélicas, de cunho pentecostal, que utilizam o nosso hinário. Essas igrejas, muitas delas neo-pentecostais, tem encontrado em nosso cancioneiro não somente a melodia, mas também a mensagem que faz a diferença no mundo espiritual.

Abaixo, os diversos modelos de Harpa Cristã, editadas pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus no Brasil - CPAD. Organizada com objetivo de elevar o cântico congregacional e proporcionar um melhor louvor a Deus, a Harpa Cristã, com um total de 640 hinos, representa mais um avanço que auxiliará na divulgação do evangelho através do louvor a Deus. Além das Harpa Cristã , edições variadas, há também as publicadas junto com as diversas Bíblias, de cores e tamanho variados, agradando a todo o tipo de faixa etária incluídos de nossas igrejas.

Harpa Cristã com Música Mi Bemol

Esta harpa é para instrumentos de sopro que são do tom de Mi bemol: Requinta, Sax Alto, Tuba, Clarone Alto, Sax Horn, Genis, Sax Barítono. Da mesma forma que a Harpa em Si Bemol, esta Harpa só tem a clave de Sol, com duas notas somente, a primeira nota é a melodia do hino, a segunda seria a segunda voz do hino, no caso, a voz do contralto. Nesta Harpa, não possui a letra dos hinos e nem Cifras.

Harpa Cristã com Música Si Bemol (Bb)

Esta harpa é para instrumentos de sopro que são do tom de Si Bemol: Trompete, Clarinete, Sax Tenor, Sax Soprano, Barítono, Tuba. Nesta harpa só tem a clave de Sol, com duas notas somente, a primeira nota é a melodia do hino, a segunda seria a segunda voz do hino, no caso, a voz do contralto. Nesta Harpa, não possui a letra dos hinos e nem Cifras.


Texto extraído do Manual da Harpa Cristã, edições CPAD, 1ª edição, 1999, pgs. 11/16.
Read rest of entry

O primeiro jornal pentecostal: Em 1917, Almeida Sobrinho e João Trigueiro, lançaram o Voz da Verdade. O jornal circulou durante apenas dois meses

O primeiro jornal pentecostal

Em 1917, Almeida Sobrinho e João Trigueiro, lançaram o Voz da Verdade. O jornal circulou durante apenas dois meses


O primeiro jornal pentecostal

Gunnar Vingren e Daniel Berg viajaram 14 dias para chegar ao Pará
Gunnar Vingren e Daniel Berg chegaram à cidade de Belém, capital do Estado do Pará, no dia 19 de novembro de 1910. Eles viajaram durante 14 dias como passageiros do navio Clement que veio de Nova Iorque, Estados Unidos e atracou no porto de Belém. Gunnar Vingren estava com 31 anos de idade nesta época e Daniel Berg com 26 anos.
 
Dois brasileiros lançaram o primeiro jornal pentecostal publicado no Brasil
Antes de os missionários Gunnar Vingren e Samuel Nyström começarem a editar o jornal pioneiro Boa Semente, Almeida Sobrinho e João Trigueiro, lançaram em 1917 o Voz da Verdade. Almeida Sobrinho, um pastor batista que se tornara pentecostal, era o redator-responsável e era auxiliado por João Trigueiro da Silva. Não era o órgão oficial da Missão de Fé Apostólica (como era conhecida a Assembléia de Deus em seus primeiros anos), pois atendia também a três outras igrejas da cidade, as quais criam nas mesmas verdades da doutrina do Espírito Santo. Essas igrejas eram pastoreadas por Almeida Sobrinho.
 
1922: é realizada a primeira Escola Bíblica de Obreiros nas Assembléias de Deus
A primeira Escola Bíblia de Obreiros nas Assembléias de Deus aconteceu em 1922 em Belém do Pará. Durou um mês, de 4 de março a 4 de abril. Participaram 16 obreiros, além do ministrante que foi o missionário sueco Samuel Nyström. Ele havia estudado na Escola Bíblica da Missão Örebro na Suécia em 1914, antes de ser separado evangelista. O tema dos estudos bíblico foi “A obra de Deus”. O modelo de realização de escolas bíblicas para formação bíblica, espiritual e ministerial de obreiros foi inspirado no modelo adotado pentecostais suecos. De 1922 em diante, em todas as partes do Brasil, escolas bíblicas para obreiros passaram a ser realizadas nas Assembléias de Deus, porém, duram apenas uma semana. As mais conhecidas atualmente são as da Assembléia de Deus de Recife, Curitiba e Belenzinho, em São Paulo.
  
Missionário bebeu limonada envenenada e não morreu
Em Jaci-Paraná, por volta de 1921, um homem turco, cuja esposa se convertera, uma vez tentou atirar no missionário norte-americano Paul John Aenis para matá-lo, e depois lhe deu para beber um copo de limonada com veneno, mas Deus preservou a vida do missionário, pois o homem não sabia que o limão cortara o efeito daquele veneno. Pouco tempo depois, aquele homem converteu-se e pediu para ser batizado nas águas pelo próprio missionário Paul John Aenis que se tornou o fundador das Assembléias de Deus no Estado de Rondônia, e pioneiro pentecostal na região do rio Madeira no Estado do Amazonas e do rio Guaporé, no noroeste do Estado do Mato Grosso, fronteiras entre Brasil e Bolívia.
 
 
Pastor Isael de Araujo é responsável pelo Centro de Documentação, Informação e Pesquisa (Cdip) da CPAD e pelo Centro de Estudos do Movimento Pentecostal (CemP). É autor do Dicionário do Movimento Pentecostal (CPAD).
Read rest of entry

Conferência Pentecostal na América Latina: Brasil hospedou a 8º edição do encontro mais importante para a liderança pentecostal

Conferência Pentecostal na América Latina

Brasil hospedou a 8º edição do encontro mais importante para a liderança pentecostal




Conferência Pentecostal na América Latina

Primeiro missionário foi enviado dois anos depois da fundação da AD
O primeiro missionário assembleiano foi José Plácido da Costa. Ele seguiu para Portugal em 4 de abril de 1913, tornando o pioneiro do Movimento Pentecostal naquele país europeu. José Plácido da Costa era português de nascimento, mas morava no Brasil quando se converteu ao evangelho em Belém do Pará em 1909 na Igreja Batista local. Ele constou entre o grupo dos 18 batistas excluídos por acreditar na doutrina do batismo no Espírito Santo pregada pelos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg. José Plácido da Costa morreu em 1965, aos 95 anos de idade, em Portugal.
 
As Assembleias de Deus hospedaram a única Conferência Mundial Pentecostal realizada na América Latina
Nosso país hospedou uma Conferência Mundial Pentecostal. Foi a oitava edição do encontro mais importante para a liderança pentecostal. O grande evento pentecostal aconteceu no Rio de Janeiro durante os dias 18 a 23 de julho de 1967. As reuniões aconteceram no Maracanãzinho e o encerramento no Estádio do Maracanã. Registros da época falam de uma assistência de 150 mil pessoas no último culto. O tema da Conferência foi “O Espírito Santo glorificando a Cristo”. O presidente do Comitê Nacional foi o pastor Paulo Leivas Macalão e era secretário do Comitê Internacional, o pastor Alcebiades Pereira Vasconcelos. Desde 1947 este evento vem sendo promovido em diferentes partes do planeta por igrejas pentecostais desde 1947. A próxima Conferência vai acontecer em 2010 em Estocolmo, capital da Suécia.
 
Pastor morreu na Suécia por ter contraído malária em visita ao Brasil
Em 1954, o pastor sueco Allan Törnberg empreendeu uma viagem pela América do Sul para conhecer o trabalho pentecostal das Assembleias de Deus, visitando primeiramente a Argentina e, em seguida, mais demoradamente, o Brasil. Ele percorreu os Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Pará, Amazonas e Maranhão. Ele contraiu malária no Amazonas e morreu em 1956, na Suécia, em função da doença. Além de pastor, Törnberg era, também, redator do periódico Evangelli Harold e autor de vários hinos cantados com grande aceitação em todas as igrejas escandinavas. Na Harpa Cristã constam três hinos de sua autoria: 295, “Novo Canto de Louvor”; 302, “Em Vez de Murmurares, Canta”; 351, “A Felicidade da Salvação”; e 447, “Nascer de Novo”.
 
 
Pastor Isael de Araujo é responsável pelo Centro de Documentação, Informação e Pesquisa (Cdip) da CPAD e pelo Centro de Estudos do Movimento Pentecostal (CemP). É autor do Dicionário do Movimento Pentecostal (CPAD).
Read rest of entry

Daniel Berg - Fundador das Assembleia de Deus


Quão importante o Vídeo sobre a Vida deste Homem de Deus que deu de si, para levar a mensagem do Evangelho, Boas Novas de Salvação ao Povo do Brasil.



 


Read rest of entry

Gunnar Vingren - Fundador das Assembleias de Deus



Quão bela a História que nos deixa legado este Herói da Fé. Impulsiona o nosso coração a ser cada vez mais verdadeiramente Cristão, com paixão pelas almas.



a

 
Read rest of entry

XXIII - ENCONTRO DE MISSÕES: FÉ AMOR E MISSÕES

Read rest of entry

Conheça a história da CPAD

Conheça a história da CPAD

A Casa teve um início humilde e cresceu com muitas conquistas pela graça de Deus


Conheça a história da CPAD

A história da CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus - começa, oficialmente, em 13 de março de 1940, quando foi organizada juridicamente no Rio de Janeiro. Antes disso, na década de 30, já circulavam o jornal Mensageiro da Paz (MP), as revistas “Lições Bíblicas” e alguns livros e folhetos, que eram publicados em gráficas particulares.

O primeiro registro do sonho de se fundar uma Casa Publicadora consta nas atas da assembleia geral da CGADB, realizada na AD de Belém do Pará, em 1936. Na ocasião, o missionário Nils Kastberg apresentou a proposta da Casa. O desejo de possuir oficinas gráficas próprias também foi registrado no jornal Mensageiro da Paz, em 1938, na coluna do jornalista Emílio Conde.

Em 1940, o presidente Getúlio Vargas exigiu, através de um decreto, que todos os jornais fossem registrados no Departamento de Imprensa e Propaganda (D.I.P.), órgão que regulava a imprensa. O decreto estabelecia também que somente entidades com personalidade jurídica poderiam possuir jornais. Visto isso, para não ter que interromper a veiculação do jornal MP, o missionário Samuel Nyström, então pastor da AD de São Cristóvão (RJ), pediu ao presbítero Lauro Soares que providenciasse a elaboração de um estatuto de uma Casa Publicadora e que fizesse o seu devido registro em cartório. Feito isso, nasceu a CPAD que se tornou a proprietária do Mensageiro da Paz.

No ano de 1946, a gráfica que imprimia o jornal MP estava para ser desapropriada. Por esse motivo, a CGADB lançou a “Campanha do Milhão” em favor da Casa para a aquisição de uma máquina tipográfica. Outra medida tomada pela Convenção Geral foi o estabelecimento do dia 7 de setembro de cada ano como o “Dia da Casa Publicadora”, ocasião em que as Assembleias de Deus de todo o país recolhiam ofertas especiais para a CPAD. Foi isso que fez com que por muitos anos a editora pudesse se manter, apesar das muitas demandas e dificuldades que foram surgindo.

Em janeiro de 1949, o Mensageiro da Paz passou a ser impresso pela editora em suas próprias impressoras (foto ao lado). Já na década de 60, a grande conquista foi a inauguração da sede da CPAD na Estrada Vicente de Carvalho (zona norte do Rio de Janeiro), onde permaneceu por 22 anos. Em 1977, foi lançada a revista “O Obreiro”, terceiro periódico da Casa, destinado à edificação de ministros e oficiais das Assembleias de Deus e, em 1978, começou a circular a revista “Jovem Cristão”, primeiro periódico totalmente em cores lançado pela CPAD.

Com o passar dos anos e a chegada da década de 90, a Casa ainda tinha uma presença muito tímida no mercado editorial evangélico brasileiro para uma editora que representa a maior denominação evangélica do país. A partir desse momento, uma nova postura foi adotada: transformar a Casa Publicadora numa editora moderna.

Em 25 de janeiro de 1992, a Casa Publicadora foi transferida para Bangu (zona oeste carioca) e, em 4 de março de 1993, Ronaldo Rodrigues de Souza, administrador de empresas e publisher, foi empossado diretor-executivo da CPAD. A partir desse ano até hoje, a CPAD entrou em um período sólido de prosperidade administrativa, editorial e financeira que nunca experimentara em toda a sua história.

Com esse novo pensamento, nos últimos anos, a tiragem de revistas de Escola Dominical passou de 1 milhão para mais de 2,2 milhões trimestrais. Com isso, a cada três meses mais de dois milhões de novos alunos aprendem a Palavra de Deus todos os domingos. É a CPAD cumprindo o seu papel como a editora da Escola Dominical. Antes, eram vendidos 60 mil livros por ano, atualmente, são mais de 700 mil obras que atendem diversos segmentos de nossa igreja. Destacam-se as teológicas, comentário e dicionários.

Para atender aos países de fala hispânica e aos latinos morando nos EUA, a CPAD fundou, em 1997, a Editorial Patmos, seu braço editorial internacional com sede na Flórida.

No final do ano 2000, foi inaugurado um moderno prédio administrativo e editorial no mesmo terreno em Bangu para melhor acomodar a crescente equipe (foto ao lado). Nesses últimos anos, a editora adquiriu novas filiais e as modernizou, aproximando-se mais dos clientes e proporcionando conforto a eles. A intenção atual da Casa é implantar uma filial em cada estado do Brasil e mais uma na África.
Read rest of entry

Voz das Assembleias de Deus

Voz das Assembleias de Deus

Primeira transmissão de programa pioneiro do radioevangelismo brasileiro foi ao ar há 55 anos


Voz das Assembleias de Deus

No dia 2 de janeiro de 1955 foi ao ar pela primeira vez o programa de rádio Voz das Assembleias de Deus. Pioneiro do radioevangelismo brasileiro, o programa foi iniciado pelo missionário Nels Lawrence Olson, e transmitido pela rádio Tamoio, do Rio de Janeiro, e para outras partes do Brasil pelas rádios Tupi, Mayrink Veiga, Copacabana, Relógio, Mundial, Atalaia, Marumby, Boas Novas, e por mais oito rádios em outros Estados.

O orador, Lawrence Olson, teve ao seu lado no primeiro programa, o missionário Nels Nelson, os pastores Paulo Leivas Macalão, José Pimentel de Carvalho, Marcelino Margarida, Moisés Malafaia, Belarmino Pedro Ramos, João Kolenda Lemos e sua esposa Ruth Dorris Lemos, André Hargrave e sua esposa, além de outros pastores e membros de igrejas do Rio de Janeiro.

O programa era transmitido tradicionalmente aos domingos, às 22h, após o culto noturno das igrejas. Era transmitido também para outros países pela HCJB (Voz dos Andes), de Quito (Equador) e pela KGEI, da Califórnia (EUA).

Foram narradores do programa: José Pimentel de Carvalho, Emílio Conde, João Pereira de Andrade e Silva, Luís Babo e Kleber Moura. A mensagem era sempre pregada por Nels Lawrence Olson.

O programa foi transmitido durante 34 anos, até o retorno definitivo de Lawrence Olson aos Estados Unidos, em 1989.

Em 2001, a CPAD lançou o livro Mensagens do Missionário Lawrence Olson, contendo uma coletânea com 54 mensagens pregadas no Voz das Assembleias de Deus.

Fonte: DE ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal, Página 908, Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

Adquira o CD Memória das Assembleias de Deus

Conheça também o CD
No Jardim gravado por Carolyn B. Olson, filha de Alice e Lawrence Olson, pioneiros das Assembleias de Deus no Brasil. O CD reúne louvores inspiradores que nos levam a adoração pura e verdadeira ao Senhor.
Read rest of entry

MISSIONÁRIO FOI PROIBIDO DE SEPULTAR O FILHO : Otto Nelson foi informado que o padre local não permitiria, alegando que o cemitério era da igreja católica

MISSIONÁRIO FOI PROIBIDO DE SEPULTAR O FILHO

Otto Nelson foi informado que o padre local não permitiria, alegando que o cemitério era da igreja católica




MISSIONÁRIO FOI PROIBIDO DE SEPULTAR O FILHO
MISSIONÁRIO FOI PROIBIDO DE SEPULTAR O FILHO

1936: os primeiros missionários americanos chegaram para atuar junto às Assembleias de Deus brasileiras. Segundo a cronologia dos primórdios protestantes no Brasil elaborada em 2003 pelo Prolades, as Assembleias de Deus norte-americanas teriam começado a atuar em terras brasileiras a partir de 1925. Mas, não há documentos que comprovam essa informação. Oficialmente, as Assembléias de Deus norte-americanas enviaram missionários para o Brasil a partir de 1936.

Neste ano, o Departamento de Missões do Concílio Geral da Assembly of God (Assembleia de Deus) decidiu fazer do Brasil mais um dos seus campos missionários em volta do mundo. O comunicado impresso na revista Pentecostal Evangel de janeiro de 1936 dizia que, por muitos anos tinha sido política de trabalho do Concílio Geral, encaminhar todos os candidatos à obra missionária no Brasil para a Missão Livre Sueca que, segundo entendiam, estavam fazendo um trabalho eficiente em terras brasileiras. Mas, como continuavam a chegar pedidos de candidatos e alguns desses informarem a impossibilidade dos missionários suecos evangelizarem todo o grande país com uma população na época de 40 milhões de habitantes, o Departamento de Missões da AG resolveu atender aos apelos dos candidatos e aos convites para entrar no campo brasileiro.

Então, foram aprovados e enviados seis missionários: Orland Spencer Boyer e sua esposa, Ethel Boyer, que haviam estado no Brasil anteriormente por outra denominação; Vernon Fullerton e sua esposa, Ruth, filha do casal Boyer; e Frank John Stalter e sua esposa, Louise.
Foi estabelecido no Brasil o Fellowship Field da Assembly of God, que atualmente se chama Conselho Geral das Assembleias de Deus no Brasil e somam no seu total mundial de membros a membresia das Assembleias de Deus brasileiras.
 
Missionário foi proibido sepultar o filho no cemitério por ordem de um padre
Pelos idos de 1916-17, o missionário sueco Otto Nelson morava no bairro de Bebedouro, na Rua Dr. Passos de Miranda, em Maceió, Alagoas. Ao tentar sepultar seu terceiro filho, Davi, que morrera aos dez meses de idade, foi informado que o padre local não permitia, alegando que o cemitério era da igreja católica, e que “hereges” não podiam ser enterrados lá. Por causa desta ordem, os coveiros cavaram a sepultura do garoto no lado de fora do cemitério. Além desta ação, o tal sacerdote instigou os católicos romanos dessa comunidade a se levantarem furiosamente contra os crentes. Sem ter como enterrar o seu filhinho, Otto Nelson orou a Deus, suplicando-lhe uma solução urgente, a qual chegou imediatamente, pois o delegado, ao tomar conhecimento da proibição imposta pelo sacerdote, mandou que uma escolta de soldados acompanhasse o enterro até o cemitério, e ali guarnecesse os crentes, enquanto era realizada a cerimônia de sepultamento, que aconteceu à noite, à luz de candeeiros.
  
 
Pastor Isael de Araujo é responsável pelo Centro de Documentação, Informação e Pesquisa (Cdip) da CPAD e pelo Centro de Estudos do Movimento Pentecostal (CemP). É autor do Dicionário do Movimento Pentecostal (CPAD).
Read rest of entry

Daniel Berg: Conheça a história do missionário, evangelista, pastor e fundador das Assembleias de Deus no Brasil

Daniel Berg

Conheça a história do missionário, evangelista, pastor e fundador das Assembleias de Deus no Brasil




Daniel Berg
Daniel Berg

Foto: Daniel Berg, com sua família. Berg fundou as Assembleias de Deus no Brasil em 18 de junho de 1911, juntamente com Gunnar Vingren e 18 crentes batistas de Belém (PA) que creram na doutrina do batismo no Espírito Santo.

DANIEL BERG
(1884–1963)
Missionário, evangelista, pastor e fundador das Assembleias de Deus no Brasil. Nasceu em 19 de abril de 1884, na pequena cidade de Vargön, na Suécia, às margens do lago de Vernern. Quando recém-nascido, o padre da cidade visitou inúmeras vezes a casa de seus pais para convencê-los a batizá-lo, mas nada conseguiu. Por isso, desde criança, Daniel era mal visto pelo padre, que, desprestigiado, passou a dizer que a criança que não fosse batizada por ele jamais sairia de Vargön. “Já naquele tempo pude observar a desvantagem e o perigo de o povo ter uma fé dirigida, sem liberdade. A religião que dominava minha cidadezinha e arredores impossibilitava as almas de terem um encontro com o Salvador”, conta o pioneiro em suas memórias.

Quando o evangelho começou a entrar nos lares de Vargön, seus pais, Gustav Verner Högberg e Fredrika Högberg, o receberam e ingressaram na Igreja Batista. Logo procuraram educar o filho segundo os princípios cristãos. Em 1899, quando contava 15 anos de idade, Daniel converteu-se e foi batizado nas águas na Igreja Batista de Ranum.

Em 1902, aos 18 anos, pouco antes do início da primavera nórdica, deixou seu país. Embarcou a 5 de março de 1902, no porto báltico de Gothemburgo, no navio M.S. Romeu, com destino aos Estados Unidos. “Como tantos outros haviam feito antes de mim”, frisava. O motivo foi a grande depressão financeira que dominara a Suécia naquele ano.

Em 25 de março de 1902, Daniel desembarcou em Boston. No Novo Mundo, sonhava, como tantos outros de sua época, em realizar-se profissionalmente. Mas Deus tinha um plano diferente e especial para sua vida.

De Boston, viajou para Providence, Rhode Island, para se encontrar com amigos suecos, que lhe conseguiram um emprego numa fazenda. Permaneceu nos Estados Unidos por sete anos, onde se especializou como fundidor. Com saudades do lar, retornou à cidade natal, onde o tempo parecia parado. Nada havia se modificado. Só Lewi Pethrus*, seu melhor amigo, companheiro de infância, não morava mais ali. “Vive em uma cidade próxima, onde prega o evangelho”, explicou sua mãe.

Logo chegou a seu conhecimento que seu amigo recebera o batismo no Espírito Santo, coisa nova para sua família. A mãe do amigo insistiu para que Daniel o visitasse. Aceitou o convite. No caminho, estudou as passagens bíblicas onde se baseava a “nova doutrina”. 

Chegando à igreja do amigo Lewi Pethrus (Igreja Batista de Lidköping), encontrou-o pregando. Sentou e prestou atenção na mensagem. Após o culto, conversaram longamente sobre a nova doutrina. Daniel demonstrou ser favorável. Em seguida, despediu de seus pais e partiu, pois sua intenção não era permanecer na Suécia, mas retornar à América do Norte.

Em 1909, em meio à viagem de retorno aos Estados Unidos, Daniel orou com insistência a Deus, pedindo o batismo no Espírito Santo. Como não estava preocupado como da primeira vez, posto que já conhecia os EUA, canalizou toda a sua atenção à busca da bênção.

Ao aproximar-se das plagas norte-americanas, sua oração foi respondida. A partir de então, sua vida mudou. Daniel passou a pregar mais a Palavra de Deus e a contar seu testemunho a todos.

Ainda em 1909, por ocasião de uma conferência em Chicago, Daniel encontrou-se com o pastor batista Gunnar Vingren, que também fora batizado no Espírito Santo. Os dois conversaram horas sobre as convicções que tinham. Uma delas é que tanto um como o outro acreditava que tinham uma chamada missionária. Quanto mais dialogavam, mais suas chamadas eram fortalecidas.

Quando Vingren estava em South Bend, Daniel Berg estava trabalhando em uma quitanda em Chicago quando o Espírito Santo mandou que se mudasse para South Bend. Berg abandonou seu emprego e foi até lá, onde encontrou Vingren pastoreando a igreja Batista dali. “Irmão Gunnar, Jesus ordenou-me que eu viesse me encontrar com o irmão para juntos louvarmos o seu nome”, disse Berg. “Está bem!”, respondeu Vingren com singeleza. Passaram, então, a encontrar-se diariamente para estudarem as Escrituras e orarem juntos, esperando uma orientação de Deus.

Após a revelação divina dada ao irmão Olof Uldin de que o lugar para onde deveriam ir era o Pará, no Brasil, Daniel Berg, contra a vontade dos seus patrões, abandonou o emprego. Eles argumentaram: “Aqui você pode pregar o Evangelho também, Daniel; não precisa sair de Chicago”. Mas ele estava convicto da chamada e não voltou atrás.

Ao se despedir, Berg recebeu de seu patrão uma bolacha e uma banana. Essa era uma tradição antiga nos Estados Unidos. Simbolizava o desejo de que jamais faltasse alimento para a pessoa que recebesse a oferta.

Esse gesto serviu de consolo para Berg, que em seguida partiu com Vingren para Nova Iorque, e de lá para o Brasil em um navio.

No Pará, Daniel, com 26 anos de idade, logo se empregou como caldereiro e fundidor na Companhia Port of Pará, recebendo salário mensal de 12 mil réis, passou a custear as aulas de português ministradas a Vingren por um professor particular. No fim do dia, Vingren ensinava o que aprendera a Daniel. Justamente por isso, Berg nunca aprendeu bem a língua portuguesa. O dinheiro que sobrava era usado na compra de Bíblias nos Estados Unidos.

Tão logo começou a se fazer entender na língua portuguesa, passou a evangelizar nas cidades e vilas ao longo da Estrada de Ferro Belém-Bragança, enquanto Vingren cuidava do trabalho recém-nascido na capital. Como o evangelho era praticamente desconhecido no interior do Pará, Berg se tornou o pioneiro da evangelização na região. É que as igrejas evangélicas existentes na época não tinham recursos suficientes para promover a evangelização no interior.

Após a evangelização de Bragança, tornou-se também o pioneiro na evangelização da Ilha de Marajó, onde peregrinou por muitos anos, a bordo de pequenas e grandes canoas. Berg ia de ilha em ilha, levando a mensagem bíblica aos pequenos grupos evangélicos que iam se formando por onde passava.

No início de 1920, Daniel visitou a Suécia, onde se enamorou com a jovem Sara, com quem se casou em 31 de julho daquele ano. Em março de 1921, retornou ao Brasil, acompanhado por sua esposa. O casal teve dois filhos: David e Débora.

Em 1922, seguiu para Vitória (ES) para estabelecer a Assembleia de Deus naquela capital, permanecendo até 1924, quando foi para Santos fundar a AD no Estado de São Paulo. Em 1927, o casal Berg mudou-se para a capital São Paulo, onde Daniel continuou fazendo seu trabalho de evangelismo até 1930.
Depois de um período de descanso, seguiu para a obra missionária em Portugal, entre os anos 1932-1936, na cidade de Porto. Após passar pela Suécia, retornou ao Brasil, em 11 de maio de 1949. Permaneceu na cidade de Santo André (SP) até 1962, quando retornou definitivamente para a Suécia.

Daniel Berg sempre foi muito humilde e simples. Em suas pregações e diálogos, sempre demonstrou essas virtudes. Ninguém o via irritado ou desanimado. Sempre que surgia algum problema, estas eram suas palavras: “Jesus é bom. Glória a Jesus! Aleluia! Jesus é muito bom. Ele salva, batiza no Espírito Santo e cura os enfermos. Ele faz tudo por nós. Glória a Jesus! Aleluia!”. 

No Jubileu de Ouro das Assembleias de Deus no Brasil, comemorado em Belém, Berg estava lá, inalterado, enquanto os irmãos faziam referência a sua atuação no início da obra. Para ele, a glória era única e exclusivamente para Jesus. Berg considerava-se apenas um instrumento de Deus.

Nas comemorações do Jubileu no Rio de Janeiro, no Maracanãzinho, quando pastor Paulo Leivas Macalão colocou em sua lapela uma medalha de ouro, Berg externou visivelmente em seu rosto a ideia de que não merecia tal honraria.

Até 1960, Berg recebeu, diretamente de Deus, a cura de suas enfermidades mediante a oração da fé. Mas, a respeito de suas condições de vida nos seus anos finais, pode-se inferir que não tinha o amparo que merecia. A esse respeito, o pioneiro Adrião Nobre protestou na revista A Seara, edição de novembro-dezembro de 1957, p. 32: “O irmão Berg reside em São Paulo (cidade de Santo André). Não sei como ele vive ultimamente; tive, contudo, notícias desagradáveis com relação à sua condição de vida – não tem, segundo soube, o descanso que merece, nem o conforto que lhe devemos proporcionar. Irmãos, não sejamos injustos, lembremo-nos de auxiliar o tão amado pioneiro da obra pentecostal no Brasil”.
Em 1963, foi hospitalizado na Suécia. Mesmo assim, ainda trabalhava para o Senhor. Ele saía da enfermaria para distribuir folhetos e orar pelos que se decidiam. A disciplina interna do hospital não lhe permitia fazer esse trabalho, por isso uma enfermeira foi designada para impor-lhe a proibição. Porém, ao deparar-se com o homem de Deus alquebrado pelo peso dos anos, mas vigoroso em sua tarefa espiritual, não teve coragem e desistiu da tarefa. Berg, então, continuou a oferecer literaturas.

Finalmente, em 27 de maio de 1963, aos 79 anos, Daniel Berg morreu. Sua esposa, Sara, faleceu em 11 de abril de 1981.

Fontes: BERG, Daniel. Enviado por Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 8ª edição, 2000, 208 pp; VINGREN, Ivar. O diário do pioneiro – Gunnar Vingren. Rio de Janeiro: CPAD, 1ª edição, 1973, 222 pp; CONDE, Emílio. História das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 1ª edição, 2000. pp. 19- 50; Ivar Vingren skriver om svensk pingstmission i Brasilien - Från missionsInstitutes serie av missionärsberättelser (Ivar Vingren escreve sobre a missão pentecostal sueca no Brasil - Da série de relatos de missionários do Instituto de Missões). Suécia, 1994, pp. 20-27; DESPERTAMENTO apostólico no Brasil. Tradução: Ivar Vingren. Rio de Janeiro: CPAD, 1987, pp. 7-44; VINGREN, Ivar. Det började i Pará - Svensk Pingstmission i Brasilien (Tudo começou no Pará - missão pentecostal sueca no Brasil). Ekrö, Suécia: MissionsInstitutet-PMU, 1994, pp. 28-34; Boa Semente, Belém (PA), setembro 1930, p. 5; Mensageiro da Paz, CPAD, setembro 1999; janeiro 1997; dezembro 1985; junho 1980; março 1980; agosto 1936, p. 5, 1a quinzena; julho 1936, p. 7, 2a quinzena; fevereiro 1933, p. 7, 2a quinzena; julho 1963 p. 1 2a quinzena; novembro 1933, p. 6, 2a quinzena; novembro 1989, p. 12; setembro 1981; Obreiro, CPAD, jan-mar 1979, pp.42-45; A Seara, CPAD, janeiro 1957, pp. 23-26, 36; julho 1963, pp. 4, 5.

Texto extraído do Dicionário do Movimento Pentecostal, editora CPAD, 1ª edição, 2007, Rio de Janeiro, pgs. 122-124
Read rest of entry

CENTENÁRIO DA ASSEMBLEIA DE DEUS: POLITICOS DE BELEM PROTESTAM CONTRA A CGADB


A câmara municipal de Belém do Pará emitiu um documento de protesto contra as ações da Convenção Geral das Assembleia de Deus no Brasil (CGADB) e da Convenção de Ministros e Igrejas Evangélicas da Assembleia de Deus do Estado do Pará (COMIEADEPA) que estão organizando eventos paralelos aos coordenados pela igreja-mãe para comemorar o Centenário das Assembleias de Deus.
Os vereadores entenderam que o objetivo das convenções é atrapalhar o evento da igreja presidida pelo pastor Samuel Câmara que é considerada como um patrimônio Histórico e Cultural da cidade.
O requerimento da Câmara dá votos de protesto contra a CGADB e a COMIEADEPA “por convocarem todas as igrejas do Estado do Pará e do Brasil para uma festa paralela do Centenário, sem convocar a igreja-mãe e, por conseguinte atrapalhando o evento do Centenário da Igreja-mãe.”
“É no mínimo lamentável, vergonhoso e desonroso que os dirigentes nacionais das Assembleias de Deus não reconheçam a igreja-mãe ‘principal motivo da festa do Centenário’ como parte integrada das comemorações a nível nacional chegando até a fazer uma programação paralela uma semana antes da programação oficial da igreja-mãe”, diz o texto de justificativa.
Para eles o motivo das comemorações antecipadas é impossibilitar que os pastores e membros de todo o Brasil estejam presentes na festa programada pela AD de Belém.
O primeiro a denunciar as intenções da CGADB foi o pastor Silas Malafaia que por duas vezes usou seu programa de TV, Vitória em Cristo, para reclamar das atitudes do pastor José Wellington, presidente da convenção, de usar disputas políticas como desculpa para tentar atrapalhar as comemorações da igreja-mãe só por ela ser liderada pelo pastor Samuel Câmara que por diversas vezes se candidatou ao cargo de presidente da CGADB.
Read rest of entry

O preconceito contra cristãos é maior que o preconceito contra gays, afirma Pastor Batista


O pastor Daniel Sampaio voltou a falar sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a aprovação da união estável entre pessoas do mesmo sexo e também falou sobre o Projeto de Lei 122/2006 que está para ser votado no Senado.
No novo vídeo, o pastor da Igreja Batista Central do Barreiro, Belo Horizonte (MG) mostra dados de que os homossexuais não são tão vítimas da violência como dizem e também revela que o Governo está do lado deles querendo instaurar uma ditadura gay no país.
“O movimento gay, que faz parte da esquerda radical, está cometendo um erro grotesco”, diz o pastor sobre a PL 122. Para ele esses grupos estão querendo discutir não a liberdade, mas quem tem o privilégio de exercer tirania sobre o outro.
Sampaio também mostra sua indignação contra os comentários que teve no primeiro vídeo que foi postado no Youtube. Mesmo sem falar contra os homossexuais, foi ofendido e acusado por muitos gays que postaram comentários no vídeo. O pastor chamou esses atos de “teofobia” e “pastorofobia”.
“Eles se julgam no direito de atacar, de humilhar e querem calar nossa boca para não dizer que o homossexualismo é pecado”, expressou o pastor que ainda concluiu, “dizem que o governo é laico, mas é mentira! Ele deixou de ser laico quando virou teofóbico”.
O pastor que tem um programa na Rede Super comentou que a PL 122, desarquivada pela senadora Marta Suplicy (PT-SP) é totalmente inconstitucional ao punir a livre manifestação do pensamento, querendo tratar como fobia toda opinião diferente.
“Essa é a AI 5 dos gays” disse Sampaio, ao comparar o polêmico projeto com o ato inconstitucional imposto no período de ditadura. “Querem calar a boca da igreja como se isso fosse possível, mas eu sou livre pra expressar minha opinião e para criar o meu filho”, completou.
Em seu manifesto o pastor manda um recado aos governantes: “Faz mais cadeia porque não vai caber todo mundo!” Ele confessa que apoia o pastor Silas Malafaia e que fará parte da manifestação que acontecerá no dia 1 de junho em Brasília.
Assista ao vídeo:
 
Read rest of entry

Kit gay: Ministério da Educação teria mentido para Bancada Evangélica e anuncia que não fará alterações


Em ação contra o Kit Gay, a Bancada Evangélica ameaçou uma greve paralisando as votações na Câmara caso ele fosse distribuido. Imediatamente o Ministro da Educação e coordenador da fabricação do projeto anunciou que reavaliaria o “kit anti-homofobia” e teria uma reunião com representantes evangélicos, mas segundo o jornalista e colunista da Veja Reinaldo Azevedo tudo não passou de um blefe.
Uma das principais oposições ao kit seria porque em suas cartilhas teriam conteúdos considerados não próprios para os jovens, como assuntos sobre masturbação, sexo anal e outros temas polêmicos, além dos já comentados vídeos que fariam apologia ao homossexualismo e não contra a homofobia. Como o conteúdo do kit gay é feito por ongs gays internacionais e não pelo MEC, assim que eles consideraram o trabalho terminado deixaram vazar na internet. A cartilha e documentos com o símbolo do MEC caíram rapidamente nas mãos dos deputados e os vídeos do kit gay podem ser visto online.
Para a bancada evangélica o Ministro Fernando Haddad disse que o conteúdo que viram não era do Ministério da Educação, mas em vídeo de 2010 o ex-secretário do MEC confirma o conteúdo, afirma que ele está pronto e que a única dúvida seria se no vídeo sobre as jovens lésbicas apareceria beijo, até onde a lingua poderia ir ou se haveria lingua. O kit como está deve começar a ser distribuido nas escolas a partir do segundo semestre deste ano.
Para confirmar o blefe, o próprio Ministro divulgou ainda na última semana que o Kit Gay não sofrerá alterações. Segundo ele o encontro com a bancada evangélica foi para comunicar que podem dar opinião, mas que isso não quer dizer que ele fará qualquer mudança no projeto do kit feito pelas ONGs Global Alliance for LGBT Education (Gale), uma fundação holandesa; a Pathfinder do Brasil, associada à Pathfinder Iternational, dos EUA; a Reprolatina, entidade brasileira que trabalha em parceria com a Universidade de Michigan, a Ecos – Comunicação em Sexualidade e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
A Bancada Evangélica ainda não anunciou o que irá fazer ou se cumprirá com a promessa de travar as votações na Câmara
Read rest of entry

Filho do Pastor Manoel Ferreira ganha fama com sua Assembléia de Deus moderna, sem usos e costumes


Na edição 2167, do dia 20 de maio de 2011, a revista Isto É trouxe como destaque o Pastor Samuel Ferreira, filho do presidente da Assembléia de Deus Ministério Madureira. Revista secular fez um comparativo da pregação de hoje do Pastor Samuel no templo em que lídera no Brás, São Paulo, com as tradicionais regras e esteriótipos que a Assembléia de Deus possui com relação a usos e costumes.
Confira a reportagem na integra abaixo:
O evangélico desavisado que entrar no número 560 da ave­nida Celso Garcia, no bairro paulistano do Brás, poderá achar que não está entrando em um culto da Assembleia de Deus. Maior denominação pentecostal do País – estima-se que tenha 15 milhões de adeptos, cerca de metade dos protestantes brasileiros –, historicamente ela foi caracterizada pela postura austera, pelo comedimento na conduta e, principalmente, pelas vestimentas discretas de seus membros. Por conta dessa última particularidade, tornou-se folclórica por forçar seus fiéis a celebrarem sempre, no caso dos homens, de terno e gravata e, entre elas, de saia comprida, camisa fechada até o punho e cabelos longos que deveriam passar longe de tesouras e tinturas. Era a igreja do “não pode”. Não podia, só para citar algumas interdições extratemplo, ver tevê, praticar esporte e cultuar ritmos musicais brasileiros. A justificativa era ao mesmo tempo simples e definitiva: eram coisas do capeta.
No templo do Brás, porém, às 19h30 do domingo 15, um grupo de cerca de vinte fiéis fazia coreografias, ao lado do púlpito, ao som de uma batida funkeada. Seus componentes – mulheres maquiadas e com cabelos curtos tingidos, calça jeans justa e joias combinando com o salto alto; homens usando camiseta e exibindo corte de cabelo black power – outrora sofreriam sanções, como uma expulsão, por conta de tais “ousadias”. Mas ali eram ovacionados por uma plateia formada por gente vestida de forma parecida, bem informal. Palmas, também proibidas nas celebrações tradicionais, eram requisitadas pelo pastor Samuel de Castro Ferreira, líder do templo e um dos responsáveis por essa mudança de mentalidade na estrutura da Assembleia de Deus, denominação nascida em Belém, no Pará, que irá festejar seu centenário no mês que vem. “Muitos chamam de revolução, mas o que eu faço é uma pregação de um evangelho puro, sem acessórios pesados”, afirma ele, 43 anos, casado há vinte com a pastora Keila, 39, e pai de Manoel, 18, e Marinna, 14. “A maior igreja evangélica do País está vivendo um redescobrimento.”
Sentado em uma cadeira logo ao lado do coral, Ferreira, que assistiu à televisão pela primeira vez na casa do vizinho, aos 7 anos, escondido do pai, Manoel Ferreira, pastor assembleiano, desliza o dedo indicador em um iPad segunda geração enquanto o culto se desenrola. Acessa a sua recém criada página no Twitter por meio da qual, em apenas um mês, amealhou mais de 110 mil seguidores. Quando se levanta para pregar a palavra, deixa visível o corte alinhado de seu terno e a gravata que combina com o conjunto social. Não que o pastor se furte em pregar de jeans, tênis e camisa esporte – tem predileção por peças da Hugo Boss –, como faz em encontros de jovens. “Samuel representa a Assembleia de Deus moderna, com cara de (Igreja) Renascer (em Cristo)”, opina o doutorando em ciências da religião Gedeon Alencar, autor de “Assembleias de Deus – Origem, Implantação e Militância” (1911-1946), editora Arte Editorial. “Os mais antigos, porém, acham o estilo dele abominável.”
Natural de Garça, interior de São Paulo, formado em direito e com uma faculdade de psicologia incompleta, Ferreira é vice-presidente da Convenção de Madureira, que é comandada por seu pai há 25 anos e da qual fazem parte 25 mil templos no Brasil, entre eles o do Brás. Os assembleianos não são uma comunidade unificada em torno de um líder. Há, ainda, os que seguem a Convenção Geral, considerada o conglomerado mais poderoso, e o grupo formado por igrejas autônomas. Ferreira assumiu o templo da região central da capital paulista há cinco anos e passou a romper com as tradições. Ao mesmo tempo, encarou uma cirurgia de redução de estômago para perder parte dos 144 quilos. “Usar calça comprida é um pecado absurdo que recaía sobre as irmãs. Não agride a Deus, então liberei”, diz o pastor, 81 quilos, que até hoje não sabe nadar e andar de bicicleta porque, em nome da crença religiosa, foi proibido de praticar na infância e na adolescência.
Sua Assembleia do “pode” tem agradado aos fiéis. “Meu pai não permitia que eu pintasse as unhas, raspasse os pelos ou cortasse o cabelo”, conta a dona de casa Jussara da Silva, 49 anos. “Furei as orelhas só depois dos 40 anos. Faz pouco tempo, também, que faço luzes”, afirma Raquel Monteiro Pedro, 47 anos, gerente administrativa. Devidamente maquiadas, as duas desfilavam seus cabelos curtos e tingidos adornados por joias pelo salão do Brás, cuja arquitetura, mais parecida com a de um anfiteatro, também se distingue das igrejas mais conservadoras.
A relativização dos costumes da Assembleia de Deus se dá em uma época em que não é mais possível dizer aos fiéis que Deus não quer que eles tenham vaidade. A denominação trabalha para atender a novas demandas da burguesia assembleiana, que, se não faz parte da classe média, está muito perto dela, é urbana e frequenta universidades. É esse filão que está sendo disputado. Uma outra igreja paulista já promoveu show no Playcenter. No Rio de Janeiro, uma Assembleia de Deus organiza o que chama de Festa Jesuína, em alusão à Festa Junina. Segundo o estudioso Alencar, as antigas proibições davam sentido ao substrato de pobreza do qual faziam parte a grande maioria dos membros da Assembleia de Deus. “Era confortável para o fiel que não tinha condição de comprar uma televisão dizer que ela é coisa do diabo. Assim, ele vai satanizando o que não tem acesso.”
Importante figura no mundo assembleiano, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, 76 anos, presidente da Convenção Geral, não é adepto da corrente liberal. “Samuel é um menino bom, inteligente, mas é liberal na questão dos costumes e descambou a abrir a porta do comportamento”, afirma. Ferreira, por outro lado, se diz conservador, principalmente na questão dos dogmas. Em suas celebrações, há o momento do dízimo, do louvor, da adoração e um coral clássico. Ao mesmo tempo, é o torcedor do Corinthians que tuita pelo celular até de madrugada – dia desses, postou que saboreava um sorvete às 4h30 –, viaja de avião particular e não abre mão de roupas de grife. Um legítimo pastor do século XXI.
 
 
Read rest of entry

SEGUNDA-FEIRA é O DIA MUNDIAL SEM TABACO


Em Salvador, o consumo do tabaco começa, em média, aos onze anos de idade
O tabaco é a segunda droga mais consumida entre os jovens no Brasil e no mundo, perdendo apenas para o álcool, aponta dados do  Instituto Nacional do Câncer (Inca). Uma pesquisa realizada nas escolas de Salvador e publicada, ano passado, pelo professor e pneumologista Adelmo Machado mostrou que na capital baiana, o hábito de fumar tem início aos 11 anos de idade. “Como se não bastasse, o tabagismo se estabelece em associação com o consumo de bebidas alcoólicas nessa mesma faixa etária”, esclarece. Para ele, o custo baixo, o apelo publicitário que associa o fumi às ideias de liberdade, emancipação, poder e rebeldia, estimula o consumo do tabaco. "O cigarro encerra a mensagem de que aquele jovem é um adulto e isso é muito sedutor”, explica. Ele alerta ainda para os riscos da fumaça em crianças em formação, já que o tabagismo interfere na formação do pulmão. “Esse adolescente, muito provavelmente, ficará mais sujeito às gripes, bronquites, rinites e às infecções das vias aéreas superiores”, completa. Nesta segunda-feira (23),  a Organização Mundial de Saúde comemora o Dia Mundial sem Tabaco. As estimativas apontam que cerca de 1,2 bilhão  de pessoas sejam fumantes, e o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Informações do Correio 24 Horas.
Read rest of entry
 

Term of Use

Blog do Cadmiel Copyright © 2009 Black Nero is Designed by Ipietoon Sponsored by Online Business Journal Distribuído por Templates